Criei esta postagem com o objetivo de esclarecer alguns pontos sobre os alimentos irradiados, muita gente faz comentários como: "não presta comer alimentos irradiados, eles são tóxicos"; "se o alimento sofre radiação, com certeza ele é radioativo", isso NÃO é verdade!
O objetivo da irradiação aplicada
a alimentos é o aumento de sua vida útil. Além de aumentar o tempo de conservação,
o tratamento pode ser utilizado para a destruição de insetos, bactérias
patogênicas, fungos e leveduras. O retardo de maturação e senescência
(envelhecimento) de frutas e a inibição de brotamento de bulbos e tubérculos
também podem ser citados como influências benéficas na conservação desses
alimentos.
Para assegurar a eficácia da irradiação, os
alimentos devem ser armazenados em temperaturas adequadas, e, de preferência,
embaladas a vácuo, que ajudam a manter o sabor, a textura e as propriedades
nutritivas originais do produto.
Os produtos a serem irradiados,
embalados ou a granel passam pela câmara de irradiação através de um sistema
transportador composto por esteiras, onde são submetidos a um campo de
irradiação. O processo pode ser subdividido em três segmentos, classificados
com base na quantidade de radiação utilizada:
- Radurização: a técnica pela qual o alimento é sujeito a baixas doses de radiação. É indicada para inibir o brotamento da cebola, do alho e da batata; e retardar a maturação natural de frutas e verduras.
- Radiciação ou radiopasteurização: consiste exposição do alimento a quantidades intermediárias de radiação. Utiliza-se essa técnica para controlar o crescimento de fungos e bactérias situadas na superfície de alimentos como peixes e carnes.
- Radapertização: tratamento do produto com doses maiores de radiação. Esse processo é capaz de eliminar totalmente os microrganismos que decompõem os alimentos, produzindo efeitos muito parecidos com os da esterilização.
Na irradiação de alimentos são
aplicados, basicamente, cinco tipos diferentes de radiação, sendo eles: raios
alfa, beta, gama, raios-X e nêutrons, a diferença entre essas radiações está no
grau de penetrabilidade. Utiliza-se principalmente como fonte de radiação gama o
isótopo Cobalto-60 obtido
pelo bombeamento com neutrôns do metal Cobalto-59 em um reator nuclear, ou seja, não encontramos Cobalto-60 na natureza, ele é produzido artificialmente.
É obrigatório constar o símbolo no rótulo para
que os consumidores saibam que o produto adquirido foi submetido à irradiação,
uma vez que, essa técnica não deixa vestígios que auxiliem na sua
identificação, sendo impossível, portanto, que o consumidor perceba que o
alimento seja irradiado.
Resumindo, alimentos irradiados são bons sim, pois duram mais tempo e em boas condições para o uso.